Por Alessandra Maria Dias Lacerda
Os sarcomas de partes (tecidos) moles são neoplasias mesenquimais derivadas do tecido mole conectivo. Podem ocorrer em qualquer sítio anatômico, embora comumente envolvam o tecido cutâneo ou subcutâneo. O tratamento se dá pela excisão cirúrgica, sendo o tempo de sobrevida geralmente longo, pois os cães afetados são em sua maioria idosos e tendem a vir a óbito por outras causas não relacionadas.
O termo sarcoma de partes moles engloba um grupo heterogêneo de neoplasias, podendo ser idealmente categorizadas em seu fenótipo presumido na presença de características histológicas predominantes específicas ou tecido de origem. Todavia, esses tumores são abordados de forma coletiva e simplificada pela semelhança histológica e pela tendência de comportamento biológico também semelhante. Os tumores geralmente inclusos nessa classificação na medicina veterinária são: tumor de bainha neural periférica (exceto do plexo braquial), fibrossarcoma, mixossarcoma, lipossarcoma, tumor de parede perivascular, sarcoma pleomórfico, mesenquimoma maligno e sarcoma indiferenciado. Já outros neoplasmas mesenquimais excluídos dessa classificação são: sarcoma histiocítico, linfangiossarcoma, hemangiossarcoma, sarcoma de células sinoviais, leiomiossarcoma, rabdomiossarcoma, fibrossarcomas envolvendo a cavidade oral, e tumores de bainha neural periférica de plexo braquial.

A graduação é considerada o fator prognóstico de maior importância nos sarcoma de partes moles em humanos, sendo aplicado um sistema em três níveis, no qual o grau I compreende tumores bem diferenciados de menor risco recidivante/metastático, o grau II intermediário e o grau III de maior grau de indiferenciação e maior risco recidivante/metastático.

Referência:
M. Dennis, K. D. McSporran, N. J. Bacon, F. Y. Schulman, R. A. Foster, B. E. Powers. “Prognostic Factors for Cutaneous and Subcutaneous Soft Tissue Sarcomas in Dogs.” Veterinary Pathology 48 (1) (2011): 73-84.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21139143